Segundo as notícias divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o chamado Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 3,4 pontos em dezembro ante novembro — caindo de 110,4 pontos para 107 pontos no último mês de 2023.
Os dados foram publicados pelo FGV Ibre no final do ano, dia 29 de dezembro. Segundo o relatório da entidade, o indicador voltou “a marcar nível abaixo dos 110 pontos, limite inferior da faixa de incerteza considerada elevada”.
De acordo com o que destacou a economista do FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia, a queda do IIE-Br observada em dezembro foi influenciada, majoritariamente, pelo componente de Mídia do indicador. Esse recuou 4 pontos em dezembro e ficou em 108,2 pontos — contribuindo negativamente com 3,5 pontos para a evolução do índice agregado.
Já “o componente de Expectativas, que mede a dispersão das previsões para algumas variáveis econômicas, subiu ligeiramente”, pontuou Gouveia. Esse, por sua vez, avançou 0,4 ponto em dezembro, para 99,2 pontos — “contribuindo de forma modesta e positiva com 0,1 ponto para o IIE-Br”, frisou o boletim do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.
Os resultados de dezembro são “reflexo da combinação de um quadro econômico resiliente, apesar dos sinais de desaceleração, e de menores ruídos políticos e fiscais no país”, para o fim de 2023, salientou a economista do FGV Ibre. Segundo ela, ao longo do ano, o IIE-Br “experimentou níveis mais favoráveis de incerteza, chegando a registrar os menores níveis dos últimos quatro/cinco anos”.
Anna Carolina Gouveia ressaltou, também, que, para 2024, “ainda há espaço para a queda da incerteza que dependerá, não só da continuidade de resultados positivos para a economia, mas do diálogo colaborativo e produtivo entre os diferentes setores”.
Essas e demais informações sobre a evolução do Indicador de Incerteza da Economia estão disponíveis na íntegra do relatório do FGV Ibre.